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    Home » Akineton: para que serve, como tomar e efeitos colaterais
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    Akineton: para que serve, como tomar e efeitos colaterais

    Thiago FurtadoBy Thiago Furtado19 de maio de 2025Updated:19 de maio de 2025Nenhum comentário27 Mins Read
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    Imagem representativa do medicamento Akineton (biperideno), mostrando embalagem e comprimidos com ilustração do sistema nervoso em fundo azul suave, utilizado no tratamento de Parkinson e sintomas extrapiramidais.
    Akineton (biperideno): medicamento anticolinérgico utilizado no tratamento da doença de Parkinson e no controle de efeitos extrapiramidais induzidos por antipsicóticos.
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    O Akineton (biperideno) é um medicamento anticolinérgico essencial no tratamento de Parkinson e efeitos colaterais de antipsicóticos. Descubra suas indicações, posologia correta e possíveis efeitos adversos para um tratamento seguro e eficaz.

    Tabela de conteúdos

    • O que é o Akineton e para que é indicado?
    • Como o Akineton funciona no organismo?
    • Como tomar Akineton corretamente: posologia recomendada
      • Para comprimidos de Akineton (biperideno) 2mg:
      • Para solução injetável de Akineton (biperideno) 5mg/ml:
      • Orientações importantes para o uso correto:
    • Efeitos colaterais do Akineton: o que esperar e como gerenciá-los
      • Efeitos colaterais mais comuns:
      • Efeitos colaterais menos frequentes, mas significativos:
      • Efeitos colaterais raros, mas potencialmente graves:
      • Gerenciamento dos efeitos colaterais:
    • Interações medicamentosas: cuidados ao usar Akineton com outros fármacos
      • Medicamentos que potencializam os efeitos do Akineton:
      • Medicamentos que podem ter sua eficácia reduzida pelo Akineton:
      • Medicamentos que podem aumentar os efeitos colaterais quando combinados com Akineton:
      • Interações com substâncias não medicamentosas:
      • Recomendações importantes:
    • Contraindicações e grupos de risco: quando evitar o uso de Akineton
      • Contraindicações absolutas:
      • Precauções e uso com monitoramento especial:
      • Gravidez e lactação:
      • Uso em crianças:
    • Akineton na prática clínica: experiências e considerações dos especialistas
      • Perspectivas neurológicas:
      • Experiência psiquiátrica:
      • Considerações geriátricas:
      • Estratégias de manejo na prática clínica:
    • As pessoas também perguntam
      • O que substitui o Akineton?
      • Qual a função do biperideno?
      • Qual o outro nome do Akineton?
      • Qual o receituário para Akineton?
      • Qual é o remédio que substitui o biperideno?
      • O Akineton parou de ser fabricado?
      • Qual é o nome genérico do biperideno?
      • Porque o biperideno está em falta no mercado?
    • Armazenamento e cuidados especiais com o Akineton
      • Instruções para armazenamento adequado:
      • Prazo de validade e descarte:
      • Cuidados especiais para viagens:
      • Orientações para emergências:
    • Considerações finais: avaliando o custo-benefício do Akineton
      • Aspectos econômicos:
      • Benefícios terapêuticos a serem considerados:
      • Limitações a serem ponderadas:
      • Perspectivas e recomendações:
    • Conclusão
    • Referências

    O que é o Akineton e para que é indicado?

    O Akineton é o nome comercial do medicamento biperideno, um componente anticolinérgico que atua primariamente no sistema nervoso central. Desenvolvido originalmente na década de 1950, este fármaco revolucionou o tratamento de distúrbios relacionados ao movimento, tornando-se uma ferramenta terapêutica valiosa para milhares de pacientes no Brasil e no mundo.

    O princípio ativo biperideno age bloqueando os receptores colinérgicos muscarínicos, especificamente o subtipo M1, predominantes no sistema nervoso central. Este mecanismo permite restaurar o equilíbrio entre dois importantes neurotransmissores: a acetilcolina e a dopamina. Nas doenças como Parkinson, há uma deficiência de dopamina, criando um desequilíbrio com a acetilcolina. O Akineton reduz a atividade colinérgica, ajudando a reestabelecer este equilíbrio neuroquímico.

    O medicamento é utilizado principalmente para:

    • Tratamento de sintomas da doença de Parkinson: Ajuda a reduzir os tremores, a rigidez muscular e a bradicinesia (lentidão de movimentos), sintomas característicos desta condição neurodegenerativa.
    • Controle de efeitos extrapiramidais: É frequentemente prescrito para pacientes que desenvolvem efeitos extrapiramidais devido ao uso de medicamentos antipsicóticos, como haloperidol, risperidona e outros. Estes efeitos incluem distonias (contrações musculares involuntárias), acatisia (inquietação motora) e parkinsonismo medicamentoso.
    • Manejo de distonias agudas: Utilizado no tratamento emergencial de reações distônicas agudas, proporcionando alívio rápido destes episódios desconfortáveis e potencialmente perigosos.
    • Tratamento complementar de distonias crônicas: Em casos selecionados, pode ser indicado como adjuvante no manejo de condições como distonia cervical (torcicolo espasmódico) e blefaroespasmo.

    Disponível nas formas de comprimidos de 2mg e solução injetável de 5mg/ml, o Akineton é produzido pelo laboratório Boehringer Ingelheim e está presente no mercado brasileiro há décadas, sendo um medicamento de referência em sua categoria terapêutica.

    Como o Akineton funciona no organismo?

    O funcionamento do Akineton no corpo humano está diretamente relacionado ao seu mecanismo farmacológico como antagonista dos receptores muscarínicos da acetilcolina, especialmente os receptores M1. Para compreender sua ação, é importante entender o contexto neurológico em que atua.

    No cérebro saudável, existe um equilíbrio delicado entre diferentes neurotransmissores, principalmente entre a dopamina e a acetilcolina. Em condições como a doença de Parkinson ou nos efeitos colaterais extrapiramidais de medicamentos, este equilíbrio é perturbado, geralmente com uma diminuição relativa da dopamina em relação à acetilcolina.

    Ao ser administrado e absorvido, o biperideno atravessa a barreira hematoencefálica com facilidade, atingindo o sistema nervoso central. Uma vez ali, liga-se aos receptores muscarínicos, impedindo que a acetilcolina se conecte a eles. Esta ação resulta em:

    1. Redução da hiperatividade colinérgica: Restabelecendo parcialmente o equilíbrio neuroquímico nos gânglios da base, estruturas cerebrais responsáveis pelo controle motor.
    2. Modulação do tônus muscular: Diminuindo a rigidez e facilitando o movimento voluntário.
    3. Atenuação de tremores: Reduzindo significativamente um dos sintomas mais incapacitantes da doença de Parkinson.
    4. Alívio de distonias: Relaxando as contrações musculares anormais frequentemente observadas como efeito colateral de antipsicóticos.

    A absorção do Akineton pelo organismo é relativamente rápida quando administrado por via oral, com pico de concentração plasmática entre 1 a 2 horas após a ingestão. Já na forma injetável, sua ação começa em aproximadamente 10 a 30 minutos, sendo preferida em situações agudas como distonias graves.

    O metabolismo do biperideno ocorre principalmente no fígado, resultando em metabólitos que são eliminados pela urina. A meia-vida de eliminação varia entre 18 a 24 horas, permitindo esquemas posológicos convenientes, geralmente com duas ou três administrações diárias.

    É importante ressaltar que, por ser um medicamento que atravessa a barreira hematoencefálica, o Akineton também pode produzir efeitos em outros sistemas colinérgicos do organismo, o que explica alguns de seus efeitos colaterais mais comuns, como boca seca, visão turva e constipação.

    Como tomar Akineton corretamente: posologia recomendada

    A administração correta do Akineton é fundamental para garantir sua eficácia terapêutica e minimizar o risco de efeitos adversos. A posologia deve ser individualizada, considerando a condição clínica, idade e resposta do paciente. As recomendações a seguir são baseadas nas diretrizes médicas atuais, mas é importante ressaltar que apenas um médico pode determinar a dosagem ideal para cada caso específico.

    Para comprimidos de Akineton (biperideno) 2mg:

    No tratamento da doença de Parkinson:

    • Dose inicial recomendada: 2mg (1 comprimido), 1 a 2 vezes ao dia
    • Dose de manutenção: 2mg (1 comprimido), 3 a 4 vezes ao dia
    • Dose máxima diária: Geralmente não se recomenda ultrapassar 16mg por dia (8 comprimidos)

    Para sintomas extrapiramidais induzidos por medicamentos:

    • Dose habitual: 2mg (1 comprimido), 1 a 3 vezes ao dia
    • Ajuste: A dosagem pode ser aumentada gradualmente, conforme necessidade e tolerância

    Para solução injetável de Akineton (biperideno) 5mg/ml:

    Em casos de distonias agudas ou crises parkinsonianas:

    • Dose usual: 5mg (1 ampola) por via intramuscular ou intravenosa lenta
    • Frequência: A administração pode ser repetida após 30 minutos, se necessário
    • Dose máxima diária: Não exceder 20mg em 24 horas

    Orientações importantes para o uso correto:

    1. Horário das doses: Preferencialmente, o Akineton deve ser tomado com as refeições para reduzir o desconforto gastrointestinal. No entanto, em alguns pacientes com doença de Parkinson, pode ser mais eficaz se administrado 30 minutos antes das refeições.
    2. Regularidade: Mantenha horários regulares para a tomada do medicamento, estabelecendo uma rotina que facilite a adesão ao tratamento.
    3. Dose esquecida: Se uma dose for esquecida, tome-a assim que se lembrar, a menos que esteja próximo do horário da próxima dose. Neste caso, pule a dose esquecida e siga o esquema normal. Nunca duplique a dose para compensar a esquecida.
    4. Descontinuação: Nunca interrompa abruptamente o tratamento com Akineton, mesmo que os sintomas tenham melhorado. A suspensão deve ser gradual, sob orientação médica, para evitar o agravamento dos sintomas originais.
    5. Idosos: Pacientes idosos geralmente necessitam de doses menores devido à maior sensibilidade aos efeitos anticolinérgicos.
    6. Uso em crianças: A segurança e eficácia em pacientes pediátricos não estão bem estabelecidas, sendo necessária avaliação médica criteriosa.

    É fundamental seguir rigorosamente a prescrição médica e consultar um profissional de saúde antes de alterar qualquer aspecto do tratamento. O acompanhamento regular permite ajustes na dosagem conforme a resposta clínica e o aparecimento de efeitos colaterais.

    Efeitos colaterais do Akineton: o que esperar e como gerenciá-los

    Como qualquer medicamento, o Akineton pode provocar efeitos colaterais que variam em intensidade e frequência entre os pacientes. Conhecer estes possíveis efeitos é fundamental para identificá-los precocemente e buscar orientação médica quando necessário. Os efeitos adversos estão diretamente relacionados às propriedades anticolinérgicas do biperideno e sua capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica.

    Efeitos colaterais mais comuns:

    Efeitos no sistema nervoso central:

    • Sonolência
    • Tontura
    • Confusão mental (especialmente em idosos)
    • Dificuldade de concentração
    • Cefaleia (dor de cabeça)
    • Fadiga

    Efeitos anticolinérgicos periféricos:

    • Boca seca (xerostomia)
    • Visão turva
    • Constipação intestinal
    • Retenção urinária
    • Dilatação das pupilas (midríase)
    • Diminuição da sudorese

    Efeitos colaterais menos frequentes, mas significativos:

    • Taquicardia
    • Hipotensão ortostática (queda de pressão ao levantar-se)
    • Diminuição da motilidade intestinal
    • Aumento da pressão intraocular (importante em pacientes com glaucoma)
    • Agitação psicomotora
    • Alucinações (mais comuns em idosos)
    • Desorientação
    • Problemas de memória

    Efeitos colaterais raros, mas potencialmente graves:

    • Reações alérgicas cutâneas
    • Arritmias cardíacas
    • Estado confusional agudo
    • Comportamento psicótico
    • Elevação significativa da temperatura corporal (devido à redução da sudorese)

    Gerenciamento dos efeitos colaterais:

    Para boca seca:

    • Consumir pequenos goles de água frequentemente
    • Utilizar balas ou chicletes sem açúcar
    • Evitar bebidas com cafeína, que podem piorar o ressecamento
    • Em casos graves, consultar o médico sobre a possibilidade de prescrever substitutos de saliva

    Para constipação:

    • Aumentar a ingestão de fibras na dieta
    • Consumir adequada quantidade de líquidos
    • Praticar atividade física regular, quando possível
    • Se persistente, discutir com o médico o uso de laxantes suaves

    Para visão turva:

    • Evitar dirigir ou operar máquinas perigosas até que se adapte ao medicamento
    • Utilizar colírios lubrificantes, se recomendado pelo médico
    • Considerar exame oftalmológico para avaliar a pressão intraocular

    Para tontura e hipotensão postural:

    • Levantar-se lentamente da posição deitada ou sentada
    • Evitar banhos muito quentes
    • Manter-se adequadamente hidratado
    • Em casos graves, o médico pode considerar ajuste na dosagem

    É fundamental comunicar ao médico quaisquer efeitos colaterais experimentados, especialmente se forem intensos ou persistentes. Em alguns casos, pode ser necessário ajustar a dose ou considerar alternativas terapêuticas.

    Pacientes idosos, em particular, requerem atenção especial, pois tendem a ser mais sensíveis aos efeitos adversos do biperideno, principalmente aqueles relacionados ao sistema nervoso central, como confusão e desorientação.

    Lembre-se: nunca interrompa o tratamento ou altere a dosagem por conta própria devido aos efeitos colaterais. Sempre consulte seu médico para orientação adequada.

    Interações medicamentosas: cuidados ao usar Akineton com outros fármacos

    As interações medicamentosas são considerações cruciais no tratamento com Akineton, pois podem alterar sua eficácia ou aumentar o risco de efeitos adversos. O conhecimento destas interações é fundamental tanto para os profissionais de saúde quanto para os pacientes, garantindo a segurança e a efetividade da terapia.

    Medicamentos que potencializam os efeitos do Akineton:

    Outros medicamentos com propriedades anticolinérgicas:

    • Antidepressivos tricíclicos (amitriptilina, imipramina)
    • Anti-histamínicos de primeira geração (difenidramina, prometazina)
    • Antipsicóticos com efeito anticolinérgico (clozapina, olanzapina)
    • Medicamentos para incontinência urinária (oxibutinina, solifenacina)
    • Relaxantes musculares (ciclobenzaprina)

    O uso concomitante destes medicamentos pode intensificar os efeitos anticolinérgicos, aumentando o risco de confusão mental, constipação grave, retenção urinária e até mesmo síndrome anticolinérgica.

    Medicamentos que podem ter sua eficácia reduzida pelo Akineton:

    • Levodopa: O biperideno pode diminuir a absorção da levodopa no intestino, reduzindo sua eficácia no controle dos sintomas parkinsonianos.
    • Alguns medicamentos para doença de Alzheimer (inibidores da colinesterase como donepezil, rivastigmina e galantamina), pois possuem mecanismo de ação oposto ao do biperideno.

    Medicamentos que podem aumentar os efeitos colaterais quando combinados com Akineton:

    • Antipsicóticos: Embora o Akineton seja frequentemente prescrito para controlar os efeitos extrapiramidais dos antipsicóticos, a combinação pode aumentar o risco de constipação grave, retenção urinária e hipertermia.
    • Amantadina: Outro medicamento usado no Parkinson, quando combinado com biperideno, pode intensificar os efeitos colaterais de ambos os fármacos.
    • Metoclopramida: O Akineton pode reduzir os efeitos da metoclopramida no trato gastrointestinal e aumentar o risco de sintomas extrapiramidais.

    Interações com substâncias não medicamentosas:

    • Álcool: Deve ser evitado durante o tratamento com Akineton, pois pode potencializar a sedação e os efeitos sobre o sistema nervoso central.
    • Cafeína: O consumo excessivo pode reduzir parcialmente a eficácia do biperideno no controle de tremores.

    Recomendações importantes:

    1. Informe seu médico sobre todos os medicamentos em uso: Inclua medicamentos prescritos, de venda livre, suplementos e produtos naturais.
    2. Nunca inicie ou interrompa medicamentos sem orientação médica: Mesmo produtos aparentemente inofensivos podem interagir com o Akineton.
    3. Mantenha uma lista atualizada de medicamentos: Apresente esta lista em todas as consultas médicas e visitas a farmácias.
    4. Observe alterações após iniciar novos tratamentos: Se notar mudanças significativas nos sintomas ou novos efeitos colaterais após adicionar outro medicamento ao seu regime terapêutico, comunique imediatamente ao seu médico.
    5. Atenção especial em situações de polifarmácia: Pacientes que utilizam múltiplos medicamentos, especialmente idosos, devem ser monitorados mais cuidadosamente quanto às interações medicamentosas.

    A comunicação aberta com a equipe de saúde é a melhor estratégia para evitar problemas relacionados às interações medicamentosas. Sempre consulte um profissional antes de combinar Akineton com qualquer outro medicamento ou suplemento.

    Contraindicações e grupos de risco: quando evitar o uso de Akineton

    O Akineton, como qualquer medicamento potente, possui contraindicações específicas e deve ser utilizado com cautela em determinados grupos de pacientes. O conhecimento dessas limitações é essencial para prevenir complicações graves e garantir a segurança do tratamento.

    Contraindicações absolutas:

    • Hipersensibilidade ao biperideno: Pacientes com histórico de reações alérgicas ao biperideno ou a qualquer componente da formulação não devem utilizar o medicamento.
    • Glaucoma de ângulo fechado não tratado: O Akineton pode aumentar a pressão intraocular, precipitando crises agudas em pacientes com este tipo de glaucoma.
    • Retenção urinária: Em casos de obstrução mecânica significativa do trato urinário, como na hiperplasia prostática grave.
    • Megacólon tóxico: Uma complicação grave de doenças inflamatórias intestinais.
    • Miastenia gravis não tratada: O biperideno pode piorar a fraqueza muscular característica desta condição.

    Precauções e uso com monitoramento especial:

    • Idosos: São particularmente suscetíveis aos efeitos anticolinérgicos centrais, como confusão, desorientação e agitação. Quando necessário, deve-se utilizar as menores doses eficazes e com monitoramento cuidadoso.
    • Pacientes com doenças cardiovasculares: O biperideno pode causar taquicardia e alterações na pressão arterial, exigindo cautela em pacientes com arritmias, insuficiência cardíaca ou hipertensão não controlada.
    • Distúrbios gastrointestinais: Em condições como refluxo gastroesofágico, úlcera péptica ou doença intestinal obstrutiva, o Akineton pode agravar os sintomas.
    • Hipertrofia prostática: Mesmo em casos leves a moderados, o medicamento pode precipitar retenção urinária.
    • Disfunção hepática ou renal: Pode ser necessário ajuste de dose, pois essas condições afetam o metabolismo e a excreção do medicamento.
    • Distúrbios cognitivos preexistentes: Como demência, onde o medicamento pode exacerbar a confusão e o comprometimento cognitivo.
    • Condições que cursam com febre ou em ambientes de alta temperatura: O biperideno reduz a sudorese, podendo predispor a hipertermia.

    Gravidez e lactação:

    • Categoria C na gravidez: Estudos em animais mostraram efeitos adversos no feto, mas não há estudos controlados em mulheres. O uso durante a gestação só deve ocorrer quando o benefício potencial justificar o risco para o feto, sempre sob estrita supervisão médica.
    • Lactação: O biperideno pode ser excretado no leite materno, podendo causar efeitos adversos no lactente. É recomendável interromper a amamentação ou o uso do medicamento, levando em consideração a importância do tratamento para a mãe.

    Uso em crianças:

    A segurança e eficácia do Akineton em pacientes pediátricos não estão bem estabelecidas. Seu uso em crianças deve ser restrito a situações específicas, como distonias medicamentosas, e sempre sob supervisão especializada.

    É fundamental que qualquer pessoa com as condições mencionadas acima informe seu médico antes de iniciar o tratamento com Akineton. Da mesma forma, se alguma dessas condições se desenvolver durante o tratamento, o médico deve ser prontamente comunicado para reavaliar a adequação da terapia.

    Lembre-se: a autoavaliação e a automedicação podem resultar em complicações graves. Sempre siga as orientações médicas e informe sobre qualquer condição de saúde preexistente ou nova.

    Akineton na prática clínica: experiências e considerações dos especialistas

    Na prática clínica diária, o Akineton tem se mostrado uma ferramenta terapêutica valiosa, com aplicações que vão além das indicações primárias descritas em bula. Neurologistas, psiquiatras e geriatras frequentemente compartilham suas experiências com o medicamento, destacando nuances importantes para o manejo adequado dos pacientes.

    Perspectivas neurológicas:

    Os neurologistas que trabalham com doenças do movimento observam que o biperideno possui eficácia variável dependendo do subtipo de parkinsonismo. Na doença de Parkinson idiopática, o Akineton geralmente é utilizado como adjuvante, complementando a terapia dopaminérgica principal.

    “Na prática, evitamos utilizar o biperideno como monoterapia no Parkinson, pois seu efeito é limitado sobre a bradicinesia e a instabilidade postural. No entanto, em pacientes com tremor predominante, especialmente tremor de repouso, o medicamento pode oferecer benefício significativo”, explica um neurologista especializado em distúrbios do movimento.

    Em síndromes parkinsonianas atípicas, como paralisia supranuclear progressiva e atrofia de múltiplos sistemas, a resposta ao Akineton tende a ser menos satisfatória, refletindo as diferenças fisiopatológicas subjacentes a estas condições.

    Experiência psiquiátrica:

    Na psiquiatria, o Akineton desempenha papel crucial no manejo dos efeitos adversos extrapiramidais dos antipsicóticos, especialmente os de primeira geração e alguns de segunda geração. Psiquiatras relatam que aproximadamente 30% dos pacientes em uso de antipsicóticos convencionais necessitarão de biperideno em algum momento do tratamento.

    “Iniciar o Akineton preventivamente em pacientes de alto risco para efeitos extrapiramidais ainda é controverso. Preferimos individualizar a decisão, considerando fatores como idade, medicação antipsicótica específica e histórico prévio de reações”, comenta um psiquiatra com experiência em esquizofrenia resistente.

    Uma observação importante da prática psiquiátrica é o potencial de abuso do Akineton. Alguns pacientes relatam sensações subjetivas de bem-estar e leve euforia com doses elevadas, o que tem levado a um controle mais rigoroso da prescrição em muitas instituições.

    Considerações geriátricas:

    Os geriatras enfatizam a necessidade de extrema cautela ao prescrever Akineton para idosos. “O risco de efeitos anticolinérgicos centrais, como confusão e delirium, é significativamente maior nesta população. Muitas vezes, optamos por reduzir a dose do antipsicótico em vez de adicionar biperideno quando surgem sintomas extrapiramidais leves”, adverte um especialista em geriatria.

    De acordo com a Escala de Risco Anticolinérgico, o biperideno é classificado como um anticolinérgico de alto potencial, sendo frequentemente incluído nas listas de medicamentos potencialmente inapropriados para idosos, como os critérios de Beers.

    Estratégias de manejo na prática clínica:

    1. Titulação cautelosa: Especialistas recomendam iniciar com doses baixas (geralmente 1mg duas vezes ao dia) e aumentar gradualmente conforme necessidade e tolerância, especialmente em idosos.
    2. Monitoramento cognitivo: Avaliação periódica do estado mental, particularmente em pacientes idosos ou com comprometimento cognitivo preexistente.
    3. Planejamento da descontinuação: Em tratamentos prolongados, é importante planejar a retirada gradual do medicamento para evitar sintomas de descontinuação.
    4. Educação do paciente e família: Orientação sobre potenciais efeitos colaterais e sinais de alerta que requerem contato médico imediato.
    5. Reavaliação periódica: A necessidade contínua do medicamento deve ser questionada regularmente, especialmente em pacientes psiquiátricos estáveis por longos períodos.

    Os especialistas concordam que, apesar dos avanços em novos tratamentos, o Akineton mantém seu lugar no arsenal terapêutico moderno, sendo insubstituível em determinadas situações clínicas. No entanto, seu uso racional, baseado em evidências científicas e experiência clínica acumulada, é fundamental para maximizar benefícios e minimizar riscos.

    As pessoas também perguntam

    O que substitui o Akineton?

    Quando o Akineton não está disponível ou é contraindicado, existem algumas alternativas que podem ser consideradas, dependendo da indicação específica:

    • Outros anticolinérgicos: Triexifenidil (Artane®) é a alternativa mais direta, com mecanismo de ação similar ao biperideno.
    • Amantadina: Possui ação antiparkinsoniana e pode ser utilizada tanto na doença de Parkinson quanto em sintomas extrapiramidais induzidos por medicamentos.
    • Benzodiazepínicos: Em casos de distonias agudas, medicamentos como diazepam podem ser utilizados como alternativa de curto prazo.
    • Ajuste na medicação antipsicótica: Redução de dose ou troca por antipsicóticos atípicos com menor potencial de causar sintomas extrapiramidais.

    É importante ressaltar que a substituição deve ser sempre orientada por um médico, considerando as particularidades de cada caso.

    Qual a função do biperideno?

    O biperideno atua como antagonista dos receptores muscarínicos da acetilcolina no sistema nervoso central, particularmente nos gânglios da base. Suas principais funções terapêuticas são:

    1. Reduzir o desequilíbrio entre dopamina e acetilcolina presente na doença de Parkinson
    2. Aliviar sintomas extrapiramidais (tremor, rigidez, bradicinesia) causados por medicamentos antipsicóticos
    3. Controlar distonias agudas e crônicas
    4. Auxiliar no manejo de algumas formas de tremor essencial

    Seu mecanismo de ação central permite regular os circuitos neurais envolvidos no controle motor, melhorando a qualidade de vida dos pacientes com distúrbios do movimento.

    Qual o outro nome do Akineton?

    O Akineton é o nome comercial mais conhecido do medicamento cujo princípio ativo é o biperideno. Outros nomes comerciais incluem:

    • Cinetol® (em alguns países europeus)
    • Akinetone® (em países asiáticos)
    • No Brasil, também está disponível como medicamento genérico, sendo comercializado simplesmente como “biperideno”

    O nome químico completo do princípio ativo é cloridrato de biperideno ou lactato de biperideno, dependendo da formulação (comprimidos ou injetável, respectivamente).

    Qual o receituário para Akineton?

    O Akineton é um medicamento controlado que requer receita médica especial para sua dispensação:

    • Receituário: Receita de Controle Especial em duas vias (receituário branco carbonado)
    • Classificação: Lista C1 da Portaria 344/98 da ANVISA
    • Validade da receita: 30 dias a partir da data de emissão
    • Quantidade máxima: Geralmente limitada a tratamento para 60 dias
    • Retenção: A primeira via é retida pela farmácia

    É importante ressaltar que apenas médicos devidamente registrados no Conselho Regional de Medicina podem prescrever o medicamento, e a receita deve conter todas as informações obrigatórias, como nome completo do paciente, endereço, data, posologia e identificação completa do prescritor.

    Qual é o remédio que substitui o biperideno?

    O substituto mais direto para o biperideno é o triexifenidil (Artane®), que possui mecanismo de ação similar como antagonista muscarínico e é utilizado nas mesmas indicações clínicas. Outras alternativas, dependendo da condição específica:

    • Para doença de Parkinson: Amantadina, inibidores da MAO-B (selegilina, rasagilina)
    • Para sintomas extrapiramidais induzidos por antipsicóticos: Ajuste da medicação antipsicótica, propranolol (para acatisia)
    • Para distonias agudas: Benzodiazepínicos injetáveis, prociclidina

    A escolha do substituto mais adequado depende da indicação clínica específica, do perfil de efeitos colaterais e das características individuais do paciente.

    O Akineton parou de ser fabricado?

    Não, o Akineton não parou de ser fabricado. O medicamento continua sendo produzido pelo laboratório Boehringer Ingelheim e comercializado regularmente no Brasil. Ocasionalmente, podem ocorrer períodos de desabastecimento temporário devido a questões logísticas ou regulatórias, o que pode criar a impressão de descontinuação.

    É importante consultar a Anvisa ou o próprio laboratório para informações oficiais sobre disponibilidade. Caso haja dificuldade em encontrar o medicamento, converse com seu médico sobre possíveis alternativas temporárias.

    Em alguns países, houve períodos de desabastecimento do Akineton nos últimos anos, gerando preocupação entre pacientes dependentes do medicamento. No entanto, no Brasil, tanto o medicamento de referência quanto suas versões genéricas continuam disponíveis, embora possam ocorrer faltas pontuais em determinadas regiões.

    Qual é o nome genérico do biperideno?

    Biperideno é justamente o nome genérico (denominação comum brasileira – DCB) do medicamento comercializado como Akineton. Como qualquer medicamento de referência, após o término da proteção patentária, outros laboratórios podem produzir versões genéricas contendo o mesmo princípio ativo, que são comercializadas sob o nome “biperideno”.

    No Brasil, o biperideno genérico é produzido por diversos laboratórios e deve apresentar bioequivalência comprovada em relação ao medicamento de referência, garantindo a mesma eficácia terapêutica. Os genéricos geralmente apresentam preços mais acessíveis, sendo uma alternativa viável para muitos pacientes.

    As apresentações disponíveis do biperideno genérico são:

    • Comprimidos de 2mg
    • Solução injetável 5mg/ml (em ampolas)

    É importante ressaltar que, apesar de conter o mesmo princípio ativo, os medicamentos genéricos podem conter excipientes diferentes do medicamento de referência, o que raramente pode ocasionar diferenças na tolerabilidade em pacientes sensíveis.

    Porque o biperideno está em falta no mercado?

    As faltas temporárias de biperideno no mercado brasileiro (e mundial) podem ocorrer por diversos fatores:

    1. Questões de produção e fornecimento de matéria-prima: O princípio ativo do biperideno é sintetizado por poucos fabricantes mundiais, e problemas em sua produção podem afetar toda a cadeia de abastecimento global.
    2. Aumento inesperado da demanda: Em períodos de escassez do medicamento de referência (Akineton), a procura por genéricos aumenta consideravelmente, podendo gerar desabastecimento temporário.
    3. Questões regulatórias: Adequações às exigências de qualidade e segurança estabelecidas pelas agências sanitárias podem ocasionar pausas temporárias na fabricação.
    4. Problemas logísticos: Dificuldades na importação de matérias-primas ou na distribuição nacional do produto acabado.
    5. Decisões comerciais: Eventualmente, laboratórios podem reavaliar a viabilidade econômica da produção de determinados medicamentos, especialmente aqueles com menor margem de lucro.

    Quando há dificuldade em encontrar o biperideno (tanto Akineton quanto genéricos), é fundamental:

    • Não interromper abruptamente o tratamento, pois isso pode causar efeitos rebote
    • Consultar várias farmácias, inclusive aquelas especializadas em medicamentos especiais
    • Contatar o médico para discutir alternativas terapêuticas temporárias
    • Verificar a possibilidade de formular o medicamento em farmácias de manipulação, mediante prescrição médica específica
    • Nos casos de tratamento de Parkinson, buscar orientação médica sobre o ajuste da terapia dopaminérgica como compensação temporária

    Armazenamento e cuidados especiais com o Akineton

    O correto armazenamento do Akineton é fundamental para preservar sua estabilidade química e eficácia terapêutica. Seguir as recomendações de conservação não apenas garante a segurança do tratamento, como também evita desperdícios desnecessários.

    Instruções para armazenamento adequado:

    Comprimidos de Akineton (biperideno) 2mg:

    • Conservar em temperatura ambiente (15°C a 30°C)
    • Manter em local seco, protegido da luz direta e da umidade
    • Guardar na embalagem original, que é desenvolvida para proteger o medicamento
    • Evitar armazenar em banheiros ou próximo a pias e chuveiros, onde a umidade é maior
    • Não refrigerar ou congelar os comprimidos, pois a umidade condensada pode degradar o medicamento

    Solução injetável de Akineton (biperideno) 5mg/ml:

    • Conservar em temperatura ambiente (15°C a 30°C)
    • Proteger da luz, mantendo as ampolas na embalagem original até o momento do uso
    • Não congelar
    • Verificar sempre a solução antes do uso – deve estar límpida e incolor
    • Após aberta, a ampola deve ser utilizada imediatamente, não devendo ser armazenada para uso posterior

    Prazo de validade e descarte:

    • Respeitar rigorosamente o prazo de validade impresso na embalagem
    • Não utilizar medicamentos com a data de validade expirada, mesmo que aparentem estar em perfeito estado
    • Para descarte, seguir as recomendações do programa Descarte Consciente ou entregar em farmácias participantes de programas de coleta de medicamentos
    • Nunca descartar o Akineton em lixo comum ou rede de esgoto, por questões ambientais e de saúde pública

    Cuidados especiais para viagens:

    • Transportar na embalagem original, mantendo o blister intacto até o momento do uso
    • Levar quantidade suficiente para todo o período de viagem, mais uma reserva para eventuais atrasos
    • Em viagens aéreas, manter o medicamento na bagagem de mão, acompanhado da prescrição médica
    • Evitar expor a medicação a temperaturas extremas durante o transporte
    • Para viagens internacionais, verificar antecipadamente as regras do país de destino quanto à entrada de medicamentos controlados

    Orientações para emergências:

    • Em caso de ingestão acidental de doses elevadas, procurar atendimento médico de emergência imediatamente
    • Levar a embalagem do medicamento para facilitar a identificação pela equipe médica
    • Para informações sobre intoxicações, contatar o Centro de Informações Toxicológicas mais próximo

    O armazenamento correto é parte integrante do tratamento seguro e eficaz com Akineton. Em caso de dúvidas específicas sobre conservação ou uso do medicamento, consulte seu farmacêutico ou médico prescritor.

    Considerações finais: avaliando o custo-benefício do Akineton

    O Akineton (biperideno) permanece como uma opção terapêutica importante no tratamento de distúrbios do movimento, sejam eles primários, como na doença de Parkinson, ou secundários, como nos efeitos extrapiramidais de medicamentos antipsicóticos. Ao avaliar sua relação custo-benefício, é importante considerar diversos fatores além do preço de aquisição.

    Aspectos econômicos:

    No Brasil, o Akineton é comercializado a preços que variam entre R$ 30,00 e R$ 60,00 para uma caixa com 20 comprimidos de 2mg, dependendo da região e do estabelecimento. As versões genéricas do biperideno geralmente apresentam custo 20% a 35% menor, constituindo alternativa economicamente viável para tratamentos prolongados.

    O medicamento não está incluído no programa Farmácia Popular, porém pode ser fornecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em algumas situações específicas, mediante processos que variam conforme o estado ou município.

    Para pacientes que utilizam o medicamento cronicamente, especialmente aqueles com doença de Parkinson, o impacto financeiro do tratamento pode ser significativo ao longo do tempo. Nestes casos, a versão genérica ou programas de assistência farmacêutica podem ser alternativas importantes para garantir a adesão ao tratamento.

    Benefícios terapêuticos a serem considerados:

    O valor terapêutico do Akineton pode ser avaliado por múltiplos aspectos:

    1. Eficácia no controle de sintomas: Melhora significativa de tremores e rigidez, com impacto positivo na qualidade de vida.
    2. Rapidez de ação: Nas distonias agudas, a forma injetável proporciona alívio em questão de minutos, evitando complicações e sofrimento desnecessário.
    3. Experiência clínica consolidada: Décadas de uso estabeleceram um perfil de segurança bem conhecido, permitindo manejo adequado dos possíveis efeitos adversos.
    4. Prevenção de complicações: Ao controlar adequadamente sintomas extrapiramidais, permite a continuidade de tratamentos psiquiátricos essenciais que, de outra forma, seriam interrompidos por efeitos colaterais intoleráveis.

    Limitações a serem ponderadas:

    1. Efeitos colaterais anticolinérgicos: Podem comprometer a qualidade de vida e a adesão terapêutica em alguns pacientes, especialmente idosos.
    2. Necessidade de monitoramento médico: Requer acompanhamento regular para ajustes de dose e avaliação de efeitos adversos.
    3. Potencial de abuso: Em alguns contextos, o potencial de uso indevido pode ser uma preocupação.
    4. Controle especial na dispensação: Por ser medicamento controlado, exige receituário específico e visitas médicas regulares para renovação da prescrição.

    Perspectivas e recomendações:

    Ao avaliar a indicação do Akineton, médicos e pacientes devem considerar o contexto individual, incluindo:

    • Gravidade dos sintomas e impacto na funcionalidade
    • Idade e condições médicas coexistentes
    • Medicações concomitantes e potenciais interações
    • Capacidade financeira para manter o tratamento a longo prazo
    • Disponibilidade de alternativas terapêuticas

    Para otimizar a relação custo-benefício, recomenda-se:

    1. Iniciar com a menor dose eficaz possível
    2. Considerar versões genéricas quando apropriado
    3. Monitorar regularmente a necessidade de continuidade do tratamento
    4. Investigar programas de assistência farmacêutica quando o custo for limitante
    5. Em tratamentos prolongados, reavaliar periodicamente o equilíbrio entre benefícios e efeitos adversos

    O Akineton, quando bem indicado e monitorado, representa uma opção terapêutica valiosa com relação custo-benefício favorável para muitos pacientes. No entanto, como qualquer intervenção farmacológica, sua prescrição deve ser individualizada e reavaliada continuamente ao longo do tratamento.

    Conclusão

    O Akineton (biperideno) representa uma importante ferramenta terapêutica no arsenal médico para o manejo de distúrbios do movimento, tanto na doença de Parkinson quanto nos efeitos extrapiramidais induzidos por medicamentos. Sua ação anticolinérgica central proporciona alívio significativo de sintomas como tremor, rigidez muscular e distonias, contribuindo para melhorar a qualidade de vida de muitos pacientes.

    Como vimos ao longo deste artigo, o medicamento possui indicações específicas, posologia que deve ser cuidadosamente ajustada e um perfil de efeitos colaterais que demanda atenção, especialmente em populações vulneráveis como idosos. O conhecimento de suas interações medicamentosas e contraindicações é fundamental para garantir um uso seguro e eficaz.

    A experiência clínica acumulada ao longo de décadas de utilização do biperideno fornece evidências robustas sobre seu valor terapêutico, mas também alerta para a necessidade de monitoramento cuidadoso. O acompanhamento médico regular, a comunicação aberta sobre potenciais efeitos adversos e a constante reavaliação da necessidade do medicamento são práticas essenciais para otimizar os resultados do tratamento.

    É importante ressaltar que, apesar de ocasionais dificuldades de abastecimento, o Akineton continua disponível no mercado brasileiro, assim como suas versões genéricas, oferecendo opções de tratamento para pacientes que dependem desta medicação. Quando prescrito adequadamente e utilizado conforme as orientações médicas, o biperideno representa um recurso valioso para aliviar sintomas debilitantes e promover maior autonomia e bem-estar.

    Por fim, lembramos que cada paciente é único em suas necessidades e respostas terapêuticas. A decisão sobre iniciar, ajustar ou descontinuar o tratamento com Akineton deve ser sempre compartilhada entre médico e paciente, considerando o contexto clínico específico, as preferências individuais e a avaliação cuidadosa da relação benefício-risco em cada caso.

    Referências

    1. Katzenschlager R, Sampaio C, Costa J, Lees A. Anticholinergics for symptomatic management of Parkinson’s disease. Cochrane Database Syst Rev. 2003;(2):CD003735.
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    3. American Geriatrics Society 2019 Updated AGS Beers Criteria® for Potentially Inappropriate Medication Use in Older Adults. J Am Geriatr Soc. 2019;67(4):674-694.
    4. Bergman H, Soares-Weiser K. Anticholinergic medication for antipsychotic-induced tardive dyskinesia. Cochrane Database Syst Rev. 2018;1(1):CD000204.
    5. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Bulário Eletrônico: Akineton. Disponível em: https://consultas.anvisa.gov.br
    6. Lertxundi U, Domingo-Echaburu S, Hernandez R, Peral J, Medrano J. Expert-based drug lists to measure anticholinergic burden: a narrative review of the literature. Eur J Clin Pharmacol. 2017;73(4):511-522.
    7. Casacalenda N, Olypher D. Antiparkinson Agents in the Treatment of Neuroleptic-Induced Extrapyramidal Symptoms. Pharmacopsychiatry. 2015;48(4-5):124-129.
    8. Mendonça MD, Teodoro T, Mockelniunaite L, Graça Morgado P, Horta Caetano A. The safety of anticholinergic drugs in Parkinson’s disease. Curr Drug Saf. 2018;13(3):178-184.
    9. Campbell N, Boustani M, Limbil T, et al. The cognitive impact of anticholinergics: a clinical review. Clin Interv Aging. 2009;4:225-233.
    10. Jann MW, Grimsley SR. Pharmacology and Pharmacokinetics of Anticholinergics. Journal of Clinical Psychiatry. 2007;9(2):19-24.

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    Akineton comprimidos injetáveis
    Thiago Furtado
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