A acebrofilina é um medicamento broncodilatador e mucolítico que atua nas vias respiratórias, ajudando a aliviar a tosse com catarro e melhorando a função respiratória. Combinando dois princípios ativos (acefilina e ambroxol), este fármaco proporciona alívio eficaz para problemas respiratórios como bronquite, asma e DPOC.
Tabela de conteúdos
- O que é Acebrofilina e como funciona no organismo
- Principais indicações da Acebrofilina
- Como tomar Acebrofilina corretamente
- Efeitos colaterais da Acebrofilina: o que observar
- Contraindicações e precauções no uso da Acebrofilina
- Acebrofilina vs. outros medicamentos respiratórios
- Benefícios do tratamento com Acebrofilina
- Dicas práticas para quem usa Acebrofilina
- Mitos e verdades sobre a Acebrofilina
- Conclusão: Quando considerar o uso da Acebrofilina
- Perguntas Frequentes sobre Acebrofilina
- O que é para que serve acebrofilina?
- Pode dar acebrofilina para tosse?
- Acebrofilina é antibiótico ou Anti-inflamatório?
- Pode tomar acebrofilina com antialérgico?
- Quantas vezes ao dia pode tomar acebrofilina?
- Pode dar antialérgico e expectorante juntos?
- O que não se pode misturar com antialérgico?
- Pode dar expec junto com allegra?
- Qual o melhor antialérgico para rinite e sinusite?
O que é Acebrofilina e como funciona no organismo

A acebrofilina pertence ao grupo dos broncodilatadores e expectorantes, realizando uma dupla ação no sistema respiratório. Este medicamento combate a obstrução das vias aéreas e facilita a eliminação do muco, proporcionando um alívio significativo dos sintomas respiratórios.
O diferencial da acebrofilina está em sua composição única, que reúne a ação broncodilatadora da acefilina (derivada da teofilina) e o efeito mucolítico do ambroxol. Essa combinação estratégica permite que o medicamento atue de forma completa no tratamento de condições que afetam o sistema respiratório.
Quando ingerimos a acebrofilina, o composto age diretamente nas células das vias respiratórias, provocando o relaxamento da musculatura lisa dos brônquios. Este processo facilita a passagem de ar e, simultaneamente, estimula a produção de surfactante pulmonar – uma substância que mantém os alvéolos pulmonares abertos e funcionando adequadamente.
Além disso, a acebrofilina aumenta a produção de muco mais fluido e menos viscoso, o que facilita sua eliminação através da tosse. Esta ação dupla proporciona um alívio mais completo dos sintomas respiratórios, diferenciando-a de medicamentos que atuam apenas como broncodilatadores ou apenas como expectorantes.
Principais indicações da Acebrofilina
A acebrofilina é amplamente utilizada no tratamento de diversas condições respiratórias. As principais indicações incluem:
Bronquite crônica e aguda
A bronquite é uma inflamação dos brônquios que pode ser causada por infecções, alergias ou irritantes ambientais. A acebrofilina ajuda a dilatar os brônquios e a eliminar o muco acumulado, melhorando a capacidade respiratória e reduzindo a tosse produtiva.
Asma brônquica
Em casos de asma, a acebrofilina auxilia no controle dos sintomas ao relaxar a musculatura dos brônquios contraídos durante as crises. Embora não seja o tratamento principal para a asma, pode ser prescrita como parte do esquema terapêutico em associação com outros medicamentos.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
Para pacientes com DPOC, a acebrofilina proporciona alívio dos sintomas ao facilitar a respiração e a eliminação do muco. Este benefício é particularmente importante para melhorar a qualidade de vida desses pacientes que sofrem com obstrução progressiva das vias aéreas.
Enfisema pulmonar
No enfisema, caracterizado pela destruição das paredes alveolares, a acebrofilina ajuda a melhorar a função pulmonar ao facilitar a expectoração e dilatar os brônquios, reduzindo o esforço respiratório.
Processos inflamatórios das vias respiratórias
A acebrofilina também auxilia no tratamento de condições inflamatórias do trato respiratório, como traqueobronquite e outras afecções que causam acúmulo de secreção e dificuldade respiratória.
Como tomar Acebrofilina corretamente

A posologia da acebrofilina varia de acordo com a idade do paciente e a gravidade da condição respiratória. É fundamental seguir rigorosamente as orientações médicas e as instruções presentes na bula do medicamento.
Apresentações disponíveis
A acebrofilina está disponível em diferentes apresentações:
- Xarope adulto (5 mg/ml): indicado para pessoas acima de 12 anos
- Xarope pediátrico (2,5 mg/ml): formulação específica para crianças
- Cápsulas: para administração oral em adultos
Dosagem recomendada
Para adultos e adolescentes acima de 12 anos:
- Geralmente, recomenda-se 10 ml de xarope adulto (equivalente a 50 mg de acebrofilina) a cada 12 horas.
- Em casos de uso de cápsulas, a dosagem habitual é de uma cápsula de 100 mg a cada 12 horas.
Para crianças:
- De 2 a 12 anos: 5 ml de xarope pediátrico (12,5 mg) a cada 12 horas.
- Menores de 2 anos: a administração deve ocorrer apenas sob rigorosa supervisão médica.
Orientações importantes
Para obter o máximo benefício do tratamento com acebrofilina:
- Horários regulares: Mantenha os horários de administração constantes para manter níveis estáveis do medicamento no organismo.
- Duração do tratamento: Siga o período de tratamento prescrito pelo médico, mesmo que os sintomas melhorem antes.
- Hidratação adequada: Beba bastante água durante o tratamento para auxiliar na fluidificação do muco.
- Uso do copo medida: Para o xarope, utilize sempre o copo medida que acompanha o produto para garantir a dosagem correta.
Efeitos colaterais da Acebrofilina: o que observar

Como todo medicamento, a acebrofilina pode causar alguns efeitos colaterais, embora nem todos os pacientes os experimentem. É importante conhecê-los para identificar possíveis reações adversas durante o tratamento.
Efeitos colaterais comuns
Os efeitos colaterais mais frequentemente relatados incluem:
- Desconforto gastrointestinal: náuseas, vômitos, dor abdominal e diarreia
- Tontura e dor de cabeça: especialmente no início do tratamento
- Tremores leves: relacionados à ação da acefilina
- Taquicardia: aumento dos batimentos cardíacos
- Irritação na garganta: sensação de garganta seca ou irritada
Efeitos colaterais menos frequentes
Com menor frequência, podem ocorrer:
- Reações alérgicas cutâneas: urticária, coceira ou erupções na pele
- Distúrbios do sono: insônia ou sonolência
- Alterações de pressão arterial: principalmente hipotensão
- Palpitações: sensação de coração acelerado ou batimentos irregulares
Quando procurar atendimento médico
É fundamental buscar ajuda médica imediatamente se ocorrerem:
- Reações alérgicas graves, como inchaço facial, dificuldade para respirar ou engolir
- Taquicardia intensa ou arritmias cardíacas
- Dor torácica ou desconforto significativo
- Agravamento dos sintomas respiratórios
- Qualquer reação incomum ou grave após a administração do medicamento
Contraindicações e precauções no uso da Acebrofilina
Certas condições exigem atenção especial ao utilizar a acebrofilina, e em alguns casos, o medicamento é contraindicado.
Principais contraindicações
A acebrofilina não deve ser utilizada por pessoas com:
- Hipersensibilidade aos componentes da fórmula: incluindo acefilina, ambroxol ou qualquer excipiente
- Úlcera péptica ativa: devido ao risco de agravamento da condição
- Hipertireoidismo não controlado: pela possibilidade de exacerbar sintomas
- Insuficiência cardíaca grave: a acebrofilina pode aumentar a frequência cardíaca
- Hipertensão arterial severa: pelo risco de descompensação
Uso na gravidez e amamentação
A acebrofilina pertence à categoria C de risco na gravidez, segundo a classificação do FDA. Isso significa que:
- Gravidez: Deve ser utilizada apenas quando o benefício potencial justificar o possível risco para o feto, sempre sob supervisão médica rigorosa.
- Amamentação: Não há dados conclusivos sobre a passagem do medicamento para o leite materno, portanto recomenda-se cautela e avaliação médica.
Interações medicamentosas importantes
A acebrofilina pode interagir com diversos medicamentos, alterando sua eficácia ou aumentando o risco de efeitos adversos. As principais interações ocorrem com:
- Antibióticos: como eritromicina e ciprofloxacino, que podem aumentar os níveis séricos de acebrofilina
- Anti-hipertensivos: a eficácia de alguns medicamentos para pressão alta pode ser reduzida
- Corticosteroides: uso concomitante deve ser monitorado para evitar potencialização de efeitos adversos
- Beta-bloqueadores: podem antagonizar os efeitos broncodilatadores
- Anticoagulantes: como a varfarina, cujo efeito pode ser potencializado
Uso em grupos especiais
Idosos: O uso da acebrofilina em pacientes idosos requer monitoramento mais frequente, pois este grupo pode apresentar maior sensibilidade aos efeitos do medicamento. Ajustes de dose podem ser necessários.
Pacientes com insuficiência renal ou hepática: A eliminação da acebrofilina pode ser comprometida em pacientes com problemas renais ou hepáticos, exigindo ajustes na dosagem e monitoramento cuidadoso.
Para maior segurança, consulte informações detalhadas sobre interações medicamentosas no site da Anvisa ou no Portal Drugs.com antes de combinar medicamentos.
Acebrofilina vs. outros medicamentos respiratórios
Entender as diferenças entre a acebrofilina e outros medicamentos respiratórios ajuda a compreender seu papel no tratamento de problemas respiratórios.
Comparação com broncodilatadores puros
Diferentemente de broncodilatadores como o salbutamol ou fenoterol, que atuam principalmente na dilatação das vias aéreas:
- A acebrofilina combina ação broncodilatadora com efeito mucolítico
- Tem início de ação mais gradual, porém com efeito mais prolongado
- Geralmente causa menos tremores e taquicardia que os beta-agonistas
Diferenças em relação a expectorantes simples
Quando comparada a expectorantes como a guaifenesina ou n-acetilcisteína:
- A acebrofilina não apenas fluidifica o muco, mas também facilita sua eliminação através da broncodilatação
- Oferece alívio mais completo dos sintomas respiratórios
- Apresenta eficácia superior em condições que combinam broncoespasmo e hipersecreção de muco
Vantagens da terapia combinada
A principal vantagem da acebrofilina está na sua dupla ação, que proporciona:
- Tratamento mais abrangente com um único medicamento
- Melhor adesão ao tratamento pela simplificação do esquema terapêutico
- Potencial redução de efeitos colaterais em comparação com o uso separado dos componentes
Um estudo publicado no Journal of Respiratory Medicine demonstrou que a terapia combinada pode resultar em melhora mais rápida dos sintomas respiratórios em pacientes com bronquite aguda.
Benefícios do tratamento com Acebrofilina
O uso adequado da acebrofilina pode trazer diversos benefícios para pacientes com problemas respiratórios. Entre os principais resultados positivos observados, destacam-se:
Melhora rápida dos sintomas respiratórios
A acebrofilina normalmente proporciona alívio dos sintomas em poucos dias de tratamento, com benefícios como:
- Redução significativa da tosse produtiva
- Diminuição da sensação de “aperto no peito”
- Melhora progressiva da capacidade respiratória
Facilitação da expectoração
Um dos principais benefícios da acebrofilina é tornar o catarro mais fluido e fácil de eliminar, o que:
- Reduz o acúmulo de secreções nas vias aéreas
- Diminui o risco de infecções secundárias
- Proporciona sensação de limpeza respiratória
Efeito anti-inflamatório indireto
Estudos recentes, como os publicados no International Journal of COPD, sugerem que a acebrofilina pode contribuir para a redução do processo inflamatório nas vias respiratórias, o que ajuda a:
- Diminuir o edema e irritação da mucosa respiratória
- Reduzir a hiperresponsividade brônquica
- Melhorar o prognóstico em condições inflamatórias crônicas
Dicas práticas para quem usa Acebrofilina

Para maximizar os benefícios e minimizar possíveis efeitos colaterais da acebrofilina, considere estas recomendações práticas:
Armazenamento adequado
Para manter a integridade do medicamento:
- Conserve em temperatura ambiente (15-30°C)
- Mantenha na embalagem original, protegido da luz e umidade
- Verifique sempre o prazo de validade antes de usar
Medidas complementares ao tratamento
Para potencializar os resultados da acebrofilina:
- Mantenha boa hidratação: Beber bastante água (pelo menos 2 litros por dia) ajuda na fluidificação do muco.
- Mantenha o ambiente úmido: Use umidificadores ou bacias com água, especialmente em ambientes com ar-condicionado ou durante o inverno.
- Evite irritantes respiratórios: Fumaça de cigarro, poluição, produtos químicos com odor forte e outros irritantes podem comprometer a eficácia do tratamento.
- Realize inalações com soro fisiológico: Esta prática simples pode complementar a ação da acebrofilina, especialmente em casos de congestão nasal.
- Adote uma alimentação anti-inflamatória: O consumo de alimentos ricos em ômega-3, frutas, vegetais e chás com propriedades anti-inflamatórias pode auxiliar no tratamento.
Para mais informações sobre cuidados respiratórios complementares, consulte o Portal da Sociedade Brasileira de Pneumologia.
Mitos e verdades sobre a Acebrofilina
Existem algumas concepções equivocadas sobre a acebrofilina que merecem esclarecimento:
Mito 1: Acebrofilina é um antibiótico
Verdade: A acebrofilina não é um antibiótico e não combate infecções. Trata-se de um broncodilatador e mucolítico que alivia sintomas respiratórios, mas não elimina bactérias ou vírus.
Mito 2: Pode ser usado para qualquer tipo de tosse
Verdade: A acebrofilina é mais indicada para tosses produtivas (com catarro). Para tosses secas e irritativas, outros medicamentos podem ser mais apropriados.
Mito 3: Pode ser usado por conta própria para tratar resfriados
Verdade: Mesmo sendo vendido sem receita em alguns lugares, o uso da acebrofilina deve ser orientado por um profissional de saúde, que avaliará a real necessidade e adequação do medicamento para cada caso.
Mito 4: Não causa efeitos colaterais significativos
Verdade: Como qualquer medicamento, a acebrofilina pode causar efeitos colaterais importantes, especialmente relacionados ao sistema digestivo e cardiovascular.
Conclusão: Quando considerar o uso da Acebrofilina
A acebrofilina representa uma opção terapêutica valiosa para o tratamento de condições respiratórias associadas à produção excessiva de muco e broncoespasmo. Sua ação dupla como broncodilatador e mucolítico confere vantagens significativas no manejo de problemas respiratórios.
No entanto, é fundamental ressaltar que o uso deste medicamento deve sempre ocorrer mediante orientação médica. A automedicação, mesmo com produtos disponíveis sem receita, pode mascarar sintomas de condições mais graves ou provocar efeitos adversos desnecessários.
Para obter o máximo benefício da acebrofilina:
- Consulte um médico para diagnóstico preciso da sua condição respiratória
- Siga rigorosamente a posologia recomendada
- Observe possíveis efeitos colaterais e informe ao médico
- Combine o tratamento medicamentoso com medidas complementares
- Realize acompanhamento regular para avaliar a resposta ao tratamento
Lembre-se de que o sucesso do tratamento com acebrofilina depende não apenas do uso correto do medicamento, mas também da adoção de hábitos saudáveis que contribuam para a saúde respiratória geral.
Perguntas Frequentes sobre Acebrofilina
O que é para que serve acebrofilina?
A acebrofilina é um medicamento com ação broncodilatadora e mucolítica, utilizado para tratar problemas respiratórios como bronquite, asma e DPOC. Ela atua relaxando os brônquios e facilitando a eliminação do muco, melhorando a respiração e aliviando sintomas como tosse com catarro.
Pode dar acebrofilina para tosse?
Sim, a acebrofilina pode ser usada para tosse, especialmente quando acompanhada de catarro. Ela é mais eficaz em tosses produtivas, pois ajuda a fluidificar o muco e facilita sua eliminação. Para tosses secas, outros medicamentos podem ser mais indicados.
Acebrofilina é antibiótico ou Anti-inflamatório?
A acebrofilina não é nem antibiótico nem anti-inflamatório. Trata-se de um broncodilatador com ação mucolítica. Embora possa apresentar efeitos anti-inflamatórios indiretos, sua principal função é dilatar os brônquios e fluidificar o muco.
Pode tomar acebrofilina com antialérgico?
Em muitos casos, a acebrofilina pode ser tomada junto com antialérgicos, mas essa combinação deve ser sempre orientada por um médico. Alguns antialérgicos podem interagir com a acebrofilina, potencializando efeitos colaterais ou alterando sua eficácia.
Quantas vezes ao dia pode tomar acebrofilina?
A posologia padrão da acebrofilina é de uma dose a cada 12 horas, ou seja, duas vezes ao dia. No entanto, a frequência de administração pode variar conforme a orientação médica, idade do paciente e gravidade dos sintomas.
Pode dar antialérgico e expectorante juntos?
A combinação de antialérgicos e expectorantes pode ser feita em alguns casos, mas sempre com orientação médica. Dependendo dos medicamentos específicos, podem ocorrer interações que diminuem a eficácia ou aumentam os efeitos colaterais.
O que não se pode misturar com antialérgico?
Antialérgicos não devem ser misturados com certos medicamentos, como alguns antibióticos, antidepressivos, antifúngicos e medicamentos para pressão alta. Além disso, deve-se evitar o consumo de álcool durante o tratamento com antialérgicos.
Pode dar expec junto com allegra?
Em muitos casos, é possível combinar medicamentos expectorantes com o Allegra (fexofenadina), mas essa decisão deve ser tomada por um médico. O profissional avaliará os benefícios e riscos potenciais dessa associação para cada caso específico.
Qual o melhor antialérgico para rinite e sinusite?
Não existe um “melhor” antialérgico que funcione igualmente para todos os pacientes com rinite e sinusite. Medicamentos como cetirizina, loratadina, desloratadina e fexofenadina são frequentemente prescritos, mas a escolha ideal depende das características individuais do paciente e da avaliação médica.